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Como usar gravadores e câmeras para os estudos

Notebooks, tablets e smartphones podem contribuir muito para o seu aprendizado. Saiba como usar essas ferramentas.


Celulares, tablets e notebooks podem fazer muito mais do que apenas desconcentrar a atenção durante as aulas, ou até irritar o professor. Hoje, esses eletrônicos são verdadeiras ferramentas de aprendizagem, as quais, quando adotados alguns critérios, podem fazer a diferença entre aprender um conteúdo de verdade ou fingir que aprendeu.
Para quem não possui certa facilidade para registrar por escrito e com eficiência as aulas assistidas, o conhecimento absorvido em sala pode se tornar até "descartável". Fazer notas no caderno nem sempre é uma tarefa fácil como muitos podem pensar, pois muitas vezes esse conteúdo escrito se dispõe aos nossos olhos como algo tão sem nexo, que pode até indicar que o aprendizado não aconteceu de verdade.
Por outro lado - e graças à tecnologia - quando essas notas se juntam a um material gravado em áudio ou vídeo, o que antes era apenas um rabisco passa a ter outra dimensão. Mas é preciso tomar alguns cuidados antes de entrar em sala e passar a gravar tudo o que é transmitido. Veja algumas dicas para o bom aproveitamento de suas gravações.

1. Aja com ética e sem violar os direitos dos outros!

Ao filmar as aulas ou gravar somente o áudio, tome o cuidado de não cair na tentação de postar na rede, com o afã de "compartilhar o conhecimento". A coisa não é simples assim. Nem tudo o que se grava/filma pode ser postado! Tome as devidas precauções, para evitar dores de cabeça futuras. Imagine ter que enfrentar um processo judicial por ter exposto algum conteúdo ou a imagem de pessoas sem a devida autorização prévia - de preferência, por escrito?
O ideal é que aquilo que seja gravado/filmado sirva para o próprio estudante, durante os seus momentos de estudo fora da sala de aula. Até mesmo o tratamento que se dá a esse material por parte de pequenos grupos de estudo precisa ser cauteloso. Lembre-se do que a Constituição (artigo 5º) estabelece a este respeito: "São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação".

2. Selecione o que precisa ser gravado e salve corretamente

Não sobrecarregue tanto os dispositivos de armazenamento interno ou externo do seu aparelho de gravação (celular, câmera, notebook, tablet, etc). Ou seja, não grave/filme tudo o que é dito em sala, pois isso é extremamente desnecessário. Durante a sua audição, procure limitar os registro a pequenos blocos de 5 a 10 minutos de gravação, tendo o cuidado de salvar os arquivos com nomes sugestivos e ordená-los em uma sequência. Por exemplo, acompanhamos um estudante que passou a gravar algumas aulas (somente áudio) de um curso de Farmacologia. Ele adotou as seguintes estratégias:
- Gravou somente o essencial, tendo o cuidado de "cortar" os momentos de brincadeiras, risos, conversas, silêncios;
- Procurou se limitar a blocos de áudio de 10 minutos, pois percebi que seriam mais fáceis de ser ouvidos ao longo dos dias.
- Salvou os arquivos com nomes sugestivos, por exemplo: "aula-anestesicos-locais1", "aula-anestesicos-locais2", e assim por diante.

3. Manter os aparelhos carregados é essencial

Antes de ir para a aula, lembre-se de levar a câmera, o smartphone o tablet ou seu outro aparelho devidamente carregado e, se possível, leve os respectivos carregadores. Já fiquei sem registrar aulas importantes por ter cometido o erro de não pensar nisso antes!

4. Não adianta gravar se o material não for consultado com frequência

Para esse tipo de registro de aula, vale a mesma máxima da música: quanto mais você ouve uma canção, mais aprende a cantá-la. Portanto, se gravou tudo e não arranja tempo de ouvir/assistir o material algumas vezes antes das provas, então, o esforço foi em vão.
"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura". Sei que é um ditado popular bastante desgastado, mas funciona para fazer você entender a importância de consultar várias vezes todos os seus registros de estudos - e não apenas as gravações.

5. Busque alternativas para absorver o conteúdo

Com o material gravado, o concurseiro não precisará se limitar a fazer as audições durante os momentos formais de estudo solitário. Muitas vezes, o conteúdo gravado pode ser ouvido em diferentes lugares, como numa fila de banco, no consultório médio, no ônibus, etc. Aproveitar esses momentos é essencial.

6. Gravar também o que se estuda fora da sala de aula ajuda muito

Não se limite a gravar o que os professores dizem. Ao realizar seus estudos faça as suas gravações pessoais, enunciando os pontos mais importantes de um determinado assunto. Por exemplo, você pode fazer uma gravação com a tática das perguntas e respostas.

7. O importante não é a "performance", mas o conteúdo

Não dê importância tão grande a erros corriqueiros durante uma gravação, tais como as falhas na pronuncia de algumas palavras, os erros de concordância/regência, os ruídos (desde que não prejudiquem a audição, claro), a pouca qualidade do "cenário" (desde que não prejudique muito o seu vídeo, claro), ou algum outro problema acessório.
Lembre-se de que o que está em jogo não é o "show" que pode dar um estudante ou o professor (a capacidade de "atuar"), nem o pouco ou muito talento para a oratória, mas o conteúdo a ser veiculado, e no que ele pode contribuir para a sua aprovação.

Fonte: Concursos no Brasil

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